quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ponte Presidente Dutra: o auge de revolta (UPE)




Dando seguimento ao calendário de mobilizações estudantis, ontem, às 12:30 do dia, alunos dos diversos cursos do campus de Petrolina, reuniram-se na Concha Acústica a fim de interditarem a Ponte Presidente Dutra como expressão de revolta ante o caos que a instituição tem vivido.
Liderados pelos enfrentantes dos DA e CAs, dezenas de estudantes e alguns professores portando apitos, faixas, câmeras e megafone dominaram o centro de Petrolina. O protesto começou no sinal principal da Av. Guararapes em frente da prefeitura e partiu para a Rua Antônio de Santana Filho, Av. Souza Filho, voltando para Guararapes e findando na Ponte Presidente Dutra, o auge da revolta.
A paralisação da ponte foi o ponto crítico, pois por ser horário de pico, muitos motoqueiros e motoristas que estavam indo almoçar, ficaram com os ânimos à flor da pele. O congestionamento foi colossal para os dois lados. Alguns motociclistas chegaram a jogar as motos contra os militantes que mesmo com essa violência e a presença das polícias militares da Bahia e rodoviária federal não retrocederam. O incidente durou 40 minutos e só acabou quando a TV Grande Rio chegou para cobrir o evento que também foi transmitido em Recife pelo NE TV 2ª edição. Um vitória impactante para os alunos que queriam o apoio da mídia.
Para alguns esse ato foi radical, mas deve-se entender que somente atitudes radicais conseguem mexer com as estruturas engessadas do Estado. No entanto, um movimento dessa envergadura não pode ser feito de qualquer jeito, sem discernir os possíveis impasses com a sociedade, que no caso deve ser aliada e não inimiga. Claro que esse ato não foi realizado de forma leviana, teve toda uma preparação.


(Fotos enviadas por Socorro Oliveira, da equipe de Revisão da Revista Historien, tiradas pelos membros do CA de História da UPE Petrolina)
(Tadeu Henrique é membro da equipe de Editoração da Revista Historien e graduando na UPE).


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